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sábado, 6 de novembro de 2010

Filhos do caos

Cromos
Prefacio
DOR! 
Que dor infernal.
Era como se a dele cabeça fosse explodir, tentava manter os olhos fechados, mas precisava saber onde estava, precisava lembrar... Qualquer coisa!
Abriu os olhos lentamente e percebeu estar em um quarto escuro, não muito grande. Virou lentamente sua cabeça para direita , percebendo ali uma porta, provavelmente a de saída, já que era a única. Sua cama encostada na parede da esquerda ficava a uns três metros da porta, ainda não havia reunido forças pra olhar a parede onde estava encostada a cabeceira. A dor aumentava.
Levantou a cabeça se apoiando nos cotovelos para encarar a parede a sua frente.
-Merda!
Aquela dor explodiu em seus cérebro, a janela da parede à frente atirava da janela raios de Luz como se fossem flechas na sua cabeça a ponto de sentir algumas gotas de sangue escorrerem dos seus globos oculares. Estava novamente deitado, não conseguia se mexer, percebeu na parede a esquerda algo como um quadro pegou-o para usar como escudo, colocando na frente do rosto para proteger-se daquelas flechas de luz. Estava agora sentado na cama, o movimento do corpo fazia seu cérebro dar voltas na caixa craniana. Tentou ficar de pé, percebeu que sua perna esquerda estava completamente dormente e enfaixada na altura da coxa. Apoiou-se até conseguir ficar de pé, ainda se protegendo com o quadro, das flechas de luz, caminhou até a porta a sua frente, próximo a ela percebeu o armário que não tinha conseguido ver por causa da pouca luminosidade do lugar.
Outra coisa que havia remexido o cérebro, aumentando a dor de cabeça, foi a luz que tanto lhe incomodava, não era comum, era tão forte quando ele a olhava, mas não conseguia fazer-se enxergar um armário a poucos metros de distancia. Ele ainda não sabia quantos mistérios estavam por vir.
Foi até a porta e tentou abri-la, mas estava trancada. Decidiu procurar a chave no armário.
Percebeu que muito tempo ninguém havia passado por ali além dele, pelo menos nenhum faxineiro. Apesar do lugar ter a aparência de um hospital, armário estava completamente coberto de poeira. Ao lado da chave estava um prancheta talvez ali estivesse alguma resposta às suas questões.
Tirou o excesso de pó e começou a leitura.
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Paciente: Rogério Ribeiro dos Santos
Data: 28/07/2000
Deu entrada às: 1: 43 PM

Paciente internado com traumatismo craniano, se agravando por encefalia
Corte profundo no membro inferior esquerdo, traumatismo femural, atenuado por grande perda de sangue.
Óbito às uma e quarenta e quatro da manhã de Vinte e oito de Julho do ano de dois mil.
Medico Responsável
Dr. Isauro rocha Zambrotta
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Ele não sentia mais dor de cabeça.
Seus olhos já havia percorrido o papel poeirento uma dezena de vezes, como acreditar.
Aquele era seu nome!
Ele se lembrava, como poderia ter morrido?
Que lugar era aquele?
Por que não senti mais dores?
Percebeu o quadro em sua mão, olhou e era um quadro horrível. Passou alguns segundos olhando aquele rosto pálido , com olheiras profundas e uma faixa enrolada na cabeça, o quadro na verdade era um reflexo, era umespelho e era seu reflexo, sua imagem, morta.
Lentamente desenrolou a faixa na sua cabeça, não sentia mais dor, era paz. Mas uma paz infernal.
O ferimento continuava aberto, mas a muito tempo já cicatrizara, fez o mesmo com a perna que também não doía nem estava dormente, sua ferida profunda deixava exposto seu osso femoral.
Tinha que descobrir onde estava, tinha que saber se estava morto.
O barulho que o silencio faz é agonizante, ele se sentia observado, o tipo de instinto que não se ignora.
Vinha de fora ele tinha certeza, vinha da janela, se aproximou era uma criança lá fora não havia nada, apenas a criança, no chão não se via nada apenas um buraco negro que no horizonte contrastava com o Céu branco como a neve. Ele tinha q sair do quarto!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

"Q o racionalismo jamais vença nossos corações"

Vou tentando expropriar meus sentimentos do coração
Deixo que a racionalidade me conduza nesta clausura besta
Sei que é uma luz cega, e mesmo assim sóbria e atraente
Nos momentos puros que me restam quase enlouqueço
Quase sinto a paixão e a rebeldia conquistarem minha alma
A ponto de não ter mais volta.
Há loucura!
E nos olhamos nos olhos
Um brilho cortante, forte e melancólico
Meu sangue é vermelho,assim como o sonho
Minha paixão tem um perfume doce e cálido
Meus sonhos todos eles são quadros,
Mas me deram um pincel,apenas falta a tinta.
E na tempestade de cores que chegará
Formada pelo vapor de nossos desejos, pelo calor de nossas palavras
Todos sairão as ruas pra sentir no rosto mesmo que...
...apenas uma gota,de nossas paixões
Nisso uma frase ecoará;
"Que o racionalismo nunca vença nossos corações"